Pokémon Conquest [DS]


Um dia álguem sentou no escritório da Tecmo Koei, pegou as versões de Dynasty Warriors e viu junto alguns jogos de tactical RPG. Vendo tantas versões contando a mesma história, a pessoa pensou: e se a história do japão fosse contada com duelos Pokémon? Esse gênio então ligou para a Game Freaks e pra The Pokémon Company. A abençoada pessoa aceitou a idéia e entre uns temakis e outros, selaram o acordo para um jogo entre as duas empresas.

Se você considerou bizarra a idéia de colocar Nobunaga, o maior vilão arroz de festa dos games, como um mestre Pokémon diabólico que quer conquistar todos os reinos ao lado do seu Zekrom … chegou a hora de rever seus conceitos e jogar Pokémon Conquest, o novo jogo dos monstrinhos de bolso e que agora trás elementos de estratégia e gente conheciada. (mais…)

Pokémon HeartGold & Pokémon Soul/Silver (Nintendo DS)


A que ponto um remake vale a pena? O fato é que a falta de criatividade ou de opções no mercado leva a muitos remakes. Nesses últimos anos temos jogado releiuturas de Super Street Fighter II Turbo (HD Remix), Super Mario Bros (New Super Mario Bros), Legend of Zelda: Ocarina of Time (em 3D), Star Fox 64 (em 3D), Megaman (Powered Up), Megaman X (Irregular Hunter), Klonoa (Door to Phantomille), Halo: Combat Evolved (Anniversary Edition), além de reboots de algumas franquias, como Mortal Kombat (com o nono episódio), Need for Speed (A releitura de Hot Pursuit), Rayman (Origins), e por aí vamos indefinidamente.
Mas bem, voltemos ao assunto remakes. A Nintendo, vendo que seu portátil Game Boy Advance vendia mais que coca-cola no deserto (O N-Gage nem fez cócegas, e o Wonderswan Color foi comprado por uns 150 otakus mais ou menos), resolveu fazer remakes do primeiro Pokémon, que é de um tempo aonde caçávamos dinossauros em algum jogo do Super Nes e assim tivemos Pokémon Fire Red e Pokémon Leaf Green (lembrando que no Japão, foram lançados Pokémon Red e Green, e o Green foi alterado pra Blue na versão Americana) que enfim, agradou a um monte de saudosistas. O tempo passa, e tivemos mais uma geração de Pokémons em plataformas da Nintendo (Diamond/Pearl/Platinum no DS) e a Nintendo, algum tempo depois anuncia… Remakes da segunda geração de Pokémon. Dezenas de nerds tetudos em diversas partes do mundo exercitam seus dedos nos fóruns, blogs, sites, twitter e caralho a quatro de excitação e previsões. Cada rumor gerava 900 teorias, cada scan da famitsu ou da coro-coro gerava inúmeros orgasmos nerds. E eis que tivemos enfim, Pokémon Heart Gold e Pokémon Soul Silver.

 

A Capa é da Soul Silver porque é a versão que eu tenho

Produtora: Nintendo

Plataforma: Nintendo DS

Gênero: RPG
Provavelmente você já deve ter jogado Pokémon em algum momento da sua vida. Mas basicamente, você é um garoto (ou garota) com um sonho de se tornar um mestre pokémon, e para isso você terá de capturar diversos pokémons , batalhar em ginásios e lidar com os panacas da equipe Rocket. E como o jogo é uma releitura do clássico do GBC, então você visitará a região de Johto novamente, e revisitará após vencer a Elite 4 de Johto, a clássica região de Kanto, aonde você reencontrará velhos rivais, até o confronto contra o Pica das Galáxias da região de Kanto, o lendário treinador Red (é, no Japão não tinham criatividade para dar nomes aos personagens, ou se é impronunciável, ou se é uma cor primária)
O jogo é em sua base o mesmo do Game Boy Color, escolha entre Totodile, Cyndaquil e Chikorita e percorra Johto capturando Pokémons e tretando com todo mundo que você vê pela frente. Ele tem, além dos básicos do jogo como a vantagem/desvantagem do tipo de pokémons que perdura desde o início, todas as coisas que foram adicionadas conforme o passar das gerações, os atributos especiais e toda essa papagaiada que fez pokémon passar de um jogo relativamente simples, a um jogo de nicho.
Porque chamo Pokémon hoje em dia de jogo de nicho? Apesar de ele ainda ser acessível aos jogadores comuns, que querem apenas zerar o jogo, para ser competitivo em campeonatos, como a Liga Oficial Pokémon aqui do Brasil, você tem que passar muito mais horas do que seria recomendado a um jogador comum entendendo as nuances de cada monstro e estudando seus golpes, efeitos e construindo um time não meramente estético, mas que se adeque ao seu estilo de jogo e que saiba ser competitivo. Mas, se você quer apenas zerar o jogo, ainda é possível usando as velhas táticas (Espanque-o antes de ser espancado).
Os gráficos deram uma melhorada em relação a Diamond/Pearl e estão mais limpos. As melhoras nas cidades são visíveis, além do visual dos Pokémons ser mais agradável que os da geração (então na época) corrente. Uma das coisas mais legais, trazida de Pokémon Yellow, foi a companhia constante do Primeiro Pokémon (na ordem do time) no mapa, sendo que o Pokémon altera conforme a evolução e conforme o pokémon escolhido no time. Admita, é bem legal quando você entra numa sala e com um Gyarados vermelho (o Shiny do Lago da Fúria) de guarda costas. Pena que os NPC’s tenham um auto controle invejável, pois se fosse comigo, com certeza eu já teria umas 3 evacuações anais.
Sonoramente, as músicas de Pokémon Gold/Silver foram as melhores da série até chegarmos em Black/White, e as versões de DS soam muito boas, nostálgicas e serelepes, como as originais. É raro ver músicas de 8-bits ruins (em bons jogos), e as transposições de GBC pra DS ficaram excelentes. O contra, é os ruídos dos pokémon, que não mudaram muita coisa ao longo dos anos.
Finalizando, Pokémon Soul Silver/Heart Gold é essencial para fãs da série, e recomendado para quem quer conhecer os pokémon em seu auge. Mas, não leva nota máxima por ser uma releitura, e não traz muito de novo na série, além do avanço gráfico em relação ao seu antecessor, para os aficcionados, o Pokéwalker é um mimo interessante.

E o Kyo quer saber: Você gostaria de ler Reviews de Livros aqui?

Call of Duty Modern Warfare 3 (Nintendo DS)


Vocês já me ouviram dizer umas dez mil vezes que não sou fã de jogos de tiro em primeira pessoa, seja em consoles ou PC’s. Dá pra contar aqui nesse parágrafo basicamente os que eu gostei em Consoles e PC: Call of Duty 2: Big Red One, Battlefield 2: Modern Combat e Black no PS2, Bulletstorm e The Darkness II no PC. Já nos portáteis, eu gostei do tratamento que alguns jogos receberam no Nintendo DS, a série Call of Duty é legal no DS, 007 GoldenEye ficou bem bacana e Bionicle Heroes não é ruim e Metroid Prime: Hunters é um dos jogos mais bonitos do DS. Ok, não gostei tanto de Call of Duty: World at War no DS, mas isso é história pra outro dia. Lembro que fiquei animado quando a Activision anunciou que a n-Space trabalharia numa versão DS de Call of Duty: Modern Warfare 3. Vamos ver como ela se saiu?

Call of Duty: Modern Warfare 3 Defiance
Produtora: Activision
Desenvolvimento: n-Space
Plataforma: Nintendo DS
Gênero: Tiro em primeira pessoa

CoD MW 3 no DS segue os eventos de Call of Duty: Modern Warfare Mobilized, e serve como prólogo da versão Wii de Modern Warfare 3 (que não compartilha o enredo das versões maiores), mas basicamente você deve impedir alguns terroristas malucos de dominar o mundo, ou algo do tipo, sempre são Terroristas, ou russos, ou comediantes de stand-up, seja lá quem for, LEVANTE O TRASEIRO DO SOFÁ E ACABE COM ELES, SOLDADO!

O jogo segue a jogabilidade dos outros Call of Duty de DS, pra quem nunca jogou, eu explico: Você usa o direcional digital para movimentar o personagem (ou botões de face <ABXY>, se for canhoto), movendo a Stylus na tela de toque você controla a mira do seu personagem (o que exige atenção na tela de toque e na tela de ação (a superior). Usando os botões de ombro (L para destros e R para canhotos) você atira. Clique no ícone da arma e você irá recarregar sua arma, clique e deixe pressionado para poder trocar de arma. A granada tem um ícone próprio. E coisas como pular alguns obstáculos baixos é feito com um clique no botão de ação (indicado na tela de toque).

A explicação parece complexa, mas tudo funciona de maneira simples e fluída conforme se avança no jogo. Ainda há alguns mini-games com a Stylus, mas nada daquela aleatoriedade vista em MW: Mobilized (Que tecnicamente é o Call of Duty mais bonito do DS, mas não o melhor em minha opinião), e há algumas etapas aonde se controla a tropa numa visão aérea (de radar) e umas de proteger sua tropa (no mesmo estilo), a princípio elas podem ser uma boa para quebrar a ação, mas podem acabar te estressando por empacar nelas. A campanha não é tão longa se você souber o que fazer no jogo e não morrer tanto quanto eu, mas isso vai de cada um.

Acho uma pena o jogo não ter a quantidade de modos extras vistas em Black Ops, só uma coisinha ou outra, e o multiplayer e cabô, colega, c’est fini.

Graficamente, conta com um bom acabamento, chega ao nível de Black Ops, mas não supera MW Mobilized. Com cenários bem feitos e soldados na mesma medida, mostra o quanto a n-Space sabe trabalhar com o hardware do DS em termos de jogos de tiro.

Sonoramente tem seus altos e baixos, os efeitos sonoros não são lá grande coisa (apesar de não atrapalharem, nem serem estranhos, oi GoldenEye Rogue Agent?), a trilha tem boas composições, mas a dublagem é num tom meio baixo, ficando assim um meio termo na hora de avaliar.

Finalizando, Call of Duty: Modern Warfare 3 Defiance não é a experiência mais completa de Call of Duty no DS (esse título ainda fica com o Black Ops), mas serve como entrada para a versão de Wii e quem sabe possamos ter o Black Ops 2 no 3DS? Agora com os dois analógicos ia ficar bem legal, ou mesmo com um analógico só e a Stylus, aliados a capacidade maior do DS. Ah, sim, recomendo mais para pessoas com experiência em FPS no DS.

Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction (Nintendo DS)


Fã é uma coisa das mais chatas quando se trata de lidar com um produto relacionado, principalmente se falando de Games ou Animes, música então nem se fala, o fato é que fã infantilóide na hora de falar sobre seu produto de paixão (seja uma série animada, uma série de jogos ou um artista) passa por cima de todas as falhas e fala que tal produto é perfeito. Falando isso, digo que não sou fã de Ben 10, OK, assisto uma vez ou outra alguma das temporadas mais recentes e tenho dois jogos da série, mas isso não me classifica como fã. E eis que por uma recomendação no twitter, adquiro o jogo baseado na temporada mais Recente, Ultimate Alien (Supremacia Alienígena no Brasil), e é este jogo que será analisado.

Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction
Produtora: D3 Publisher
Desenvolvimento: Griptonite Games
Gênero: Plataforma/Side Scrolling
Plataforma: Nintendo DS

No jogo o personagem principal Ben Tennyson tem que viajar pelo mundo, incluindo Tóquio, Paris, a Grande Muralha da China, a Floresta Amazônica e Roma para encontrar antigos artefatos da raça Galvan para salvar a Terra da destruição total por uma tempestade cósmica misteriosa.

O jogo funciona como um platformer da Griptonite Games (pegue Spider-Man: Shattered Dimensions e Assassin’s Creed II Discovery de DS como exemplos, ou o Shinobi do 3DS), você deve seguir em frente, guiando Ben Tennyson e suas dez formas diferentes até o fim da fase, que pode ser tanto em progresso horizontal, como em Vertical, enfrentando os inimigos e obstáculos que aparecem pela frente.

No começo, você tem apenas uma forma disponível, mas conforme se avança, outras formas do Omnitrix são desbloqueadas, e cada uma tem seu tipo de jogo diferente, mas tem trechos determinados das fases que só podem ser atravessados com determinada forma. Temos um botão de ataque simples (Y), um ataque ‘especial’ (A) de cada forma que gasta um pouquinho da barra abaixo da vida do personagem (ela se enche sozinha com o tempo), um botão de pulo (B) e um de defesa (R), com o (X), abre-se o menu do Omnitrix para trocar de forma, ou retornar a forma de Ben Tennyson (que é mais fraca fisicamente).

Conforme vamos derrotando inimigos, recolhem-se orbes vermelhos (de energia) ou orbes verdes, que enchem o simbolo do Omnitrix no canto superior esquerdo da tela, e que desencadeia um ataque feroz quando ela está cheia (apertando (X), (X) ou tocando o símbolo do Omnitrix na Touch Screen do DS). O progresso do jogo é linear e simples, não sendo necessário revisitar áreas anteriores ou participar de mini-games imbecis com a stylus (NÉ, SPIDER-MAN WEB OF SHADOWS!). A dificuldade é de baixa para crescente, vide o público a que o produto é visado, mas se o seu DS tiver os mesmos problemas do meu (cabo flat ruim e botões de ombro ruins), a coisa fica um tiquinho mais difícil (hahahahaha)

Graficamente, ele é um 2,5D como todos os jogos de plataforma da Griptonite, os modelos das formas e de Ben estão bem feitos, e os cenários ao redor do mundo estão ótimos, foi bom subir a torre eiffel e visitar a Muralha de China enquanto estou num busão, sabiam? Só senti um pouco de preguiça nos ataques devastadores, aonde só aparece uma imagem da forma em si num fundo psicodélico e muda de cor e os inimigos vão pro saco. Fora isso, é bem legal o jogo.

Sonoramente conta com as BGM’s da série e o tema principal (que toca no menu e no mapa mundi) vai ficar um tempo na sua cabeça, os temas das fases são simples e não vão ferir seus ouvidos. Efeitos sonoros estão na medida, aquela coisa simples também, e temos poucas vozes, apenas os Aliens falando seu nome quando entram em cena.

Finalizando, Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction é uma boa diversão no DS, serve tanto para fãs do personagem, como para fãs dos jogos de plataforma com pancadaria. Recomendado.

Might And Magic: Clash of Heroes (Nintendo DS/Playstation 3/PC/Xbox 360)


Eu vou confessar logo no primeiro parágrafo deste review, e lembrem-se que isso será importante para o resto deste texto: Odeio jogos de estratégia. Sim, acho Warcraft chato (e odeio com todas as minhas forças World of Warcraft, apesar de achar os gráficos bonitos, e louvável – a ponto de eu dar piruetas de satisfação – a iniciativa da Blizzard de trazer o jogo para o Brasil com uma mensalidade acessível aos nossos usuários. Só acho ainda o preço do jogo e suas expansões, algo mais doloroso que ser enrabado por um negão, não que eu tenha feito isso), Starcraft só me anima até a página 2 e todo e outro qualquer jogo do gênero me faz dormir profundamente. E eis que o Gagá anunciou (no tempo que ele ainda twittava) que estava vendendo um tal de Might and Magic: Clash of Heroes para DS. Não, eu não comprei o cartucho porque na época, se não me falha a memória, eu ainda não tinha o DS. Ou tinha, sei lá. Tava muito ocupado jogando pokémon. Um tempo se passou, e eis que o jogo estava para sair na Steam (isso quase 1 ano atrás) e me sugeriram que fizesse um review do jogo. Pois bem, corri atrás do jogo e coloquei ele. Será que ele me animou e me fez olhar diferente para os jogos de estratégia, ou permanecerei cético com este tipo de jogo? Confere aí a análise que se segue.

Might and Magic: Clash of Heroes

Produtora: Ubisoft

Desenvolvimento: Studio Capyvara

Plataforma: Nintendo DS, PC, Playstation 3, Xbox 360

Gênero: Estratégia Baseada em Turnos/Puzzle/RPG
O jogo é baseado no Spin-Off da série Might & Magic, Heroes of Might & Magic. E conta a história de cinco jovens guerreiros que tem que deter uma conspiração para destruir o mundo aonde vivem, e controlando tropas em batalha, vão, cada um, cumprindo sua parte e descobrindo a verdade por trás destes eventos. É claro que a história em si é mais longa que esse parágrafo vago, é que faz muito tempo que terminei o jogo e não estou com a menor vontade de consultar a wikipédia.
O jogo, mistura em si três elementos: Estratégia baseada em turnos, Puzzle e RPG. Vou explicar aqui como essa mistura foi feita. A parte RPG fica por conta da exploração dos mapas, evolução de tropas e dos personagens. Também há artefatos a se encontrar, que dão vantagens durante as tretas arrumadas. De fato, tem uma que pode fortalecer suas tropas de uma maneira muito apelona. Utilizando a unidade Elite Vampire (que absorve o HP Inimigo) e um certo anel, que aumenta a força de ataque das tropas em 100% ao custo de 90% do HP, pode se tornar uma poderosa arma. Pode-se encontrar side-quests para conseguir dinheiro para comprar novas tropas (Elite & Champions Units). As batalhas, como disse antes, são em turnos, explicarei no parágrafo a seguir para não ficar confuso.

Existem três tipos de unidade: as comuns, as de Elite e as Champions, cada uma ocupa espaços diferentes e tem maneiras diferentes de se montar uma unidade de ataque. São necessárias três unidades comuns da mesma cor para um ataque destas, duas unidades comuns atrás de uma de elite para montar uma unidade de ataque de Elite e quatro unidades comuns atrás de uma Champion para montar uma unidade de ataque da Champion. Cada turno lhe dá um número delimitado de ações para executar (mover as tropas ou sacrificá-las) e algumas ações podem desencadear combos que lhe dão uma ação extra (ou mais de uma). E cada tropa tem suas particularidades e cores diferentes. Algumas tropas tem atributos especiais ou ataques diferentes. E a questão das cores é simples (cada tropa tem uma cor – são 3 tropas comuns, uma de cada cor – as tropas Elite e Champion podem ser de qualquer uma daquelas cores) e para montar uma unidade de ataque, é necessário 3 unidades de uma MESMA COR, aí reside a chave do jogo.

As unidades podem ser fundidas, potencializando o poder de ataque, e consequentemente causando mais danos. Eu poderia ficar falando de outras particularidades dos ataques, mas basta saber que há ataques especiais de tipos diferentes que dependem do personagem. Ah, e cada unidade de ataque demora um numero determinado de turnos para atacar, o que pode ser crucial numa batalha. Algumas batalhas exigem não força, mas inteligência para atender as condições, mas não são tão difíceis assim, apenas exigem um pouco de uso da massa cinzenta. Agora, as batalhas contra os chefes… Oh, céus, algumas exigem perspicácia e inteligência, mas algumas precisam de um milagre. Por exemplo, a batalha final, eu só consegui vencer na sorte, com 1 HP restando ao meu personagem. No mais, há a opção de batalhas multiplayer e a opção de quick-battle contra a CPU, que pode ser desafiadora no início, mas perde a graça conforme o tempo.

Graficamente é competente, a escolha de arte é boa, e por deus, como eu queria uma Succubus como a Jezebel em casa (só que com outro nome). No jogo e nas batalhas, os gráficos são simples, mas não necessariamente ruins, e os efeitos visuais do jogo são muito bons. Ainda não vi se a versão HD tem melhorias neste departamento, mas espero que sim.

Sonoramente conta com boas melodias, que tem apenas o defeito de repetirem muito na partida e acredite, ouvir as mesmas músicas por 25 horas (o tempo que levei para completar a campanha solo fazendo algumas subquests) cansam os ouvidos de qualquer pessoa sã. Efeitos sonoros estão ok, não são ruins nem memoráveis. Se o jogo tivesse uma dublagem, seria melhor, mas seria pedir de mais, não?

Finalizando, apesar das minhas explicações confusas, o jogo funciona sim, e é muito bom. Para quem tem um DS e está cansado de correr e pular, ou de capturar pokémons e procura uma distração entre um jogo e outro, recomendo.

Nota Final: 8,5/10

 

Sonic Rush Adventure (Nintendo DS)


Ok, eu deveria ter passado o domingo escrevendo e editando uma vídeo análise, mas tipo, só joguei Mass Effect 2 o dia inteiro, além de ter brincado bastante em Test Drive Unlimited (aguardem review em breve!) e tudo mais. Mas vamos a um pouco de enrolação… Sonic entrou numa espiral de confusão nos consoles de mesa após o fim da era Dreamcast, mas nos portáteis o ouriço conseguiu manter a moral com a trilogia Advance. E a Nintendo lança o portátil seguinte (Aquele tal de Nintendo DS), e a Sega traz mais veloz que nunca, o ouriço azul em Sonic Rush. Trazendo dois pontos de vista de uma mesma história que se cruzam, o jogo foi um sucesso, e ajudou a manter a personagem Blaze The Cat viva, porque se ela dependesse da popularidade do outro jogo em que ela apareceu… Pois bem, tempo depois sai a sequência direta de Sonic Rush e é ela que será analisada hoje. Uma curiosidade minha, é que os 3 Sonic’s de plataforma do Nintendo DS (Rush, Rush Adventure e Colors) eu zerei de forma inversa, começando pelo Colors e terminando no Rush.

Sonic Adventure Rush

Produtora: Sega

Desenvolvimento: Sonic Team

Plataforma: Nintendo DS

Gênero: Plataforma 2D

Após se perderem em uma tempestade, Sonic e Tails vão para em uma ilha chamada Southern Island, perdidos acabam rapidamente encontrando uma nativa da ilha, Marine the Raccoon, ela estava muito contente por seus sonhos de viajar ao mar estavam perto de se realizar, Tails que é muito inteligente em mecânica se ofereceu em reconstruir o barco da Marine na esperança que isso os ajudasse a encontrar um maneira de voltar para casa. Enquanto isso Sonic explorava a ilha em busca de Matérias Primas, Tails começou a construir quatro barcos e rapidamente os terminou. Com estes rápidos navios de ação, Sonic cruzou os mares como um foguete onde descobriu não apenas ilhas ocultas, mas um bando de piratas (robôs) em busca de tesouros preciosos, liderado pelo um destemido capitão o Whisker. Mas ele é rápido e os piratas não conseguiram detê-lo ainda, pois eles querem tirar Sonic da caçada pelas jóias preciosas. Como se não bastasse, enquanto Sonic corria neste mundo caótico, Blaze aparece. O que a terá trazido de sua dimensão alternativa? Cabe a você desvendar este mistério!


A jogabilidade segue o mesmo estilo do primeiro Sonic Rush, porém mais polida e com menos abismos. Boa parte dos estágios será passada em alta velocidade, utilizando o Boost, além de alguns truques do Sonic (ou da Blaze, em determinado ponto do jogo). Os estágios continuam sendo divididos em 2 atos mais uma batalha contra chefes, que também segue o padrão de Sonic Rush. Os estágios especiais de Sonic Rush saíram, a obtenção das esmeraldas se dá de outra maneira, em duelos contra o mala do Johnny.

Como o jogo segue um ritmo maritmo, haverá trechos aonde se usam veículos aquáticos, tal como Jet Ski, Submarino, navio e Hovercraft, a navegação (e a rota) é feita pela tela de toque do DS e toda uma “estratégia” de navegação é necessária já que dependendo do veículo, ele não poderá navegar em certos trechos. Mas não é nada difícil, apenas diferente.

Cada vez que você termina um ato, você ganha um determinado número (dependendo da performance na fase) de minerais, que são utilizados no jogo pra construir os veículos e umas outras coisas do jogo, o que vai fazer você revisitar alguns estágios algumas vezes, o que aumenta um pouco o tempo de vida do jogo, além de outras missões pós jogo.


Graficamente é bem bonito, com cenários diferenciados, desde uma floresta comum, a um local totalmente Steampunk, passando por uma caverna submarina muito bonita. Nas seções de navegação com a stylus, temos modelos honestos do Sonic pilotando o Jet Ski e elementos bacanas em 3D. Nas fases, alguns efeitos tridimensionais bem bacanas aparecem em alguns trechos. Efeitos de luz, sombra e água estão bons. E graças a deus, sem malditas fases espaciais!

Sonoramente é bastante agradável, com musicas bacanas, como manda a tradição dos jogos de Sonic. Os efeitos sonoros estão todos sob medida, e não existe dublagem das falas no jogo, como aconteceu com Colors.

Finalizando, Sonic Rush Adventure é um dos melhores jogos do ouriço azul em termos de portátil. Se você não gostou dos abismos infinitos de Sonic Rush, pode jogar este aqui sem medo. Recomendado!

Nota: 9/10

 

007 BloodStone


O nome é Bond. James Bond. A série de livros, que inspirou filmes de sucesso do agente secreto mais famoso do mundo, não poderia deixar de dar as caras no mundo dos games, com alguns títulos no mínimo questionáveis nos anos 80, que eram baseados DE LONGE em algumas de suas aventuras cinematográficas. Nos anos 90, tivemos James Bond: The Duel, que continha um roteiro original, mas era tão bom quanto enfiar o braço numa frigideira com óleo fervente… Embora estudos comprovem que enfiar o braço numa frigideira com óleo fervente proporcione mais prazer que jogar essa bomba. Também tivemos James Bond Jr. no SNES, que era baseado na série animada, que juro pra vocês, nunca vi. Mas gostei do jogo na época que joguei. E fui rejogá-lo recentemente… O que prova que certas coisas só são legais em nossa memória. Mas enfim, no Nintendo 64 a Rare provocou um BOOM, ao provar que: FPS pode se dar bem em console e jogos de filmes nem sempre são ruins, basta que pessoas competentes estejam por trás dele. E os anos se passaram, e jogos baseados em Bond foram lançado, alcançando variados graus de sucesso. E com a mudança de ator (já tradicional na franquia) para Daniel Craig, tivemos Quantum of Solace, que agradou uns e outros e desagradou alguns. Eu joguei as versões DS e PS2 desse jogo. A de DS é confusa… Muuuuuito confusa e fraca. A de PS2 é um shooter em terceira pessoa que varia entre mediano e bom, peca no sistema de cobertura. Depois tivemos o anúncio do remake de GoldenEye para Wii e DS e recentemente também saiu para PS3 com o nome de GoldenEye Reloaded e suporte ao PS Move. Joguei um pouco a de DS, mas ela rodou muito lento no meu flashcard… Ei, não me olhe desse jeito que EU SEI que você usa também! Mas enfim, e eis que a Activision resolve tentar o seu “Everything or Nothing*” e lança 007 Blood Stone… Será que ele é digno de portar o título de ’00 Agent’ ou deve ser executado friamente como um agente traidor? É o que veremos a seguir.

*007 Everything or Nothing é um título da EA com roteiro original e aclamado por boa parte dos fãs da série. Diabos, é um shooter em terceira pessoa FANTABULOSO!

James Bond 007: Blood Stone

Produtora: Activision

Desenvolvimento: n-Space

Plataforma: Nintendo DS

Gênero: Tiro em terceira pessoa.

Na trama, James junta-se à socialite e Bond-girl da vez Nicole Hunter (com a voz da cantora Joss Stone) na busca de um pesquisador desaparecido. No meio do caminho, porém, Bond precisa desviar suas atenções para o roubo de uma super arma química desenvolvida no Reino Unido e que caiu nas mãos de uma poderosa organização terrorista. Como já é de praxe, o futuro do planeta dependerá do sucesso da atuação do nosso agente 007, que percorrerá locações que incluem Atenas, Istambul, Mônaco e Bangkok.
O jogo utiliza uma mecânica semelhante aos jogos da série Call of Duty, embora o fato de ser em terceira pessoa, acabe remetendo mais ao Brothers in Arms DS (Gameloft), com o direcional movendo o personagem, e a Stylus como mira. Os botões de ombro (L ou R, para canhotos) são utilizados para tiro. Bond só pode carregar duas armas, mas isso será mais que necessário para chutar as bundas dos inimigos, em algumas missões (trechos para ser mais específico), armas não serão necessárias, mas sim a furtividade e mortes precisas. Em alguns momentos, quando estiver sem arma, ou precisar de uma determinada arma (tipo, uma bazuca discreta), ataque o seu oponente, e um rápido QTE ocorrerá, o que pode economizar algumas balas.
Em outros trechos, será necessário hackear alguns sistemas, em um minigame que utiliza a Stylus de maneira bem simples. Outro momento bem bacana, é numa das missões quase no fim, aonde é necessário utilizar uma câmera para resolver uma espécie de quebra-cabeças para levá-lo ao seu contato. Por fim, o jogo conta com um ótimo sistema de cobertura, que quebra o galho em muitas vezes. Em alguns momentos, você ouvirá um som característico e o logotipo do 007 abaixo de sua barra de vida, isso significa que algum local daquele cenário, dá para executar uma espécie de ‘Stylish Move’ na falta de expressão adequada que utiliza algum elemento do cenário (ou tubarões) para matar os inimigos genéricos. O jogo NÃO TEM kits de recuperação de life. Caso tenha tomado muitos balaços, apenas recue para fora da ação e Bond se recuperará automaticamente. A dificuldade do jogo não é grande, mas pequenos trechos podem dar certo trabalho.

O jogo ainda tem certa longevidade com os segredos escondidos nos estágios, que liberam personagens extras para o Multiplayer, que desta vez está melhor que o de GoldenEye DS. Mas, porém, entretanto, contudo, todavia, apesar dos pontos positivos aqui, me resta falar do principal ponto negativo do jogo. As perseguições de carro. O horror, oh, o Horror… De fato, acho que os caras estavam de saco cheio da pressão da Activision e deixaram um estagiário qualquer cuidar destes trechos. Porque, eles não são emocionantes, não são difíceis, não são entediantes e nem são frustrantes, não são porcaria nenhuma. Diabos, se eu viver durante duas semanas comendo apenas chuchú, teria mais graça que estes trechos, que são a mais pura síntese do “sem sal”, tremenda monotonia. De fato, devido a insalubridade das perseguições, devo ter morrido umas quatro vezes.

O jogo é competente graficamente, apesar do DS não ser lá grandes coisas em termos de potência gráfica, há de se convir que a n-Space fez milagre com este hardware. Aliás, Milagre é o que eles fazem constantemente com o hardware do DS, Modern Warfare: Mobilized, Star Wars: Force Unleashed e Modern Warfare 3: Defiance que o digam. Bond realmente parece com Craig, Nicole é uma boa versão poligonal de Joss Stone e por assim continuamos. A exceção, novamente, são as perseguições de carro, que são tão empolgantes quanto ouvir um gago narrando a bíblia, e a sensação de velocidade é tamanha, que seu sobrinho de cinco anos com um velocípede é mais veloz.

A parte sonora do jogo é destaque. Ninguém menos que Richard Jacques (Sonic R e Sonic & The Black Knight) está por trás da trilha sonora do jogo e cada um dos temas combina exatamente com a fase e o momento que foi planejado. E a dublagem não deixa por menos, com Daniel Craig, Judi Dench e Joss Stone nos papéis principais. Só criticaria o tom ligeiramente fino de voz usado pela Joss na Nicole, mas seria pedir demais. Ah, e o tema de encerramento é cantado pela própria Joss, que se apresentou aqui no Rock in Rio em setembro.

Finalizando, ao menos no DS, a experiência em Blood Stone é satisfatória e obrigatória aos fãs do “Espião que Não me amava”, digo, do Agente Secreto mais famoso do mundo. Suas falhas só o impediram de ser melhor apreciado e melhor avaliado, leva o nosso selo Bart Simpson de diversão.

*Se você entendeu a referência a mais um filme de Bond no meu review, não me encha o saco corrigindo, foi proposital!

Nota final: 8,5/10

P.s: Agradecimentos ao Rafael ’00 Agent’ Fernandes, do Passagem Secreta, que me deu uma pequena ajuda no review. Pequena, mas ajudou.

Spider-Man: Edge of Time


Spider-Man Shattered Dimensions no DS foi uma boa experiência de jogo, apesar de ter excluído um dos homens-aranha (O Ultimate foi limado) e a dificuldade do Super Mysterio, é um jogo bem legal. E então a Activision anuncia Spider-Man Edge of Time, aonde controlaríamos dois aranhas, o normal e o 2099, com um enredo de arrasar. E mais, foi anunciada uma versão para o Nintendo DS. Plus, o jogo É UMA SEQUÊNCIA DE SHATTERED DIMENSIONS! Bem, nada podia dar errado, certo? Bem, no DS, nunca diga nunca, é o que veremos nessa análise de Spider-Man Edge of Time. E pela minha frase, acreditem, faltou algo.

Spider-Man: Edge of Time
Produtora: Activision
Desenvolvimento: Other Ocean
Plataforma: Nintendo DS
Gênero: Plataforma 2D

A Activision cometeu a mesma cagada duas vezes seguidas no mesmo ano, impressionante! Primeiro, com X-Men Destiny e agora com o Spidey! Simplesmente ela entregou dois jogos promissores, nas mãos da Other Ocean, e bem… Sabe, mesmo sendo 2D, os caras conseguiram errar!

Basicamente, um vilão do futuro, inimigo do Miguel O’Hara (o Homem Aranha 2099) retorna ao tempo para matar o Homem-Aranha original e cabe ao Aranha do futuro seguí-lo e evitar que tal catastrofe aconteça (os eventos se mostram maiores do que aparentemente são).
Vamos falar dos pontos positivos do jogo, e acredite, são poucos. Um deles, interessante, é a capacidade de trocar de herói com o [select], que muda a época e permite alternar com o herói, e isso é necessário para prosseguir no jogo. A alternação entre os aranhas, permite resolver determinados puzzles (que não são bem puzzles), que modificam o cenário. Por exemplo, uma porta que o Aranha destrancar no presente, abrirá a mesma porta no cenário no futuro (com o Aranha 2099), e uma combinação que o 2099 viu em seu tempo, pode ser utilizada pro Aranha da época presente seguir no jogo.

Outro ponto positivo, de certa forma, é o bom uso dos vilões dos quadrinhos do Aranha, isso de certa forma anima qualquer fã do aracnídeo, mas os pontos positivos do jogo param por aqui, exceto talvez pela dublagem, mas falarei disso adiante.

A jogabilidade é simplesmente um side-scroll 2D, só que… O sistema de colisão é um lixo, os combos são limitados e o prosseguimento do jogo não é nada intuitivo, o mapa não ajuda muito e não é raro ficar perdido. A maneira de se conseguir upgrades é outro horror, e acho que não devo falar muito mais sobre isto ou terei novos traumas.

Os gráficos… Bem, esqueça o 2,5D dos jogos da Griptonite, aqui o fundo é 3D, mas os sprites são bidimensionais, e os caras economizaram até nos frames de animação, a pose de parado do Aranha é no mínimo estranha e aqui a regra dos inimigos genéricos foi levada ao infinito e além. Só mudando uma corzinha, os inimigos das duas épocas são exatamente os mesmos. Os cenários são vazios, e não é incomum andar por um monte de nada até achar algum inimigo. Os chefes possuem um padrão de ataque previsível e ridículo, além de serem limitados. A arte do jogo em si, chega a ser levemente decente, exceto pelo fato de ela não aparecer muito no jogo.

O som? As músicas são muito genéricas, totalmente passáveis, só não jogue no mudo porque as vozes dos personagens estão bem feitas, mas mesmo assim, alguns personagens ficaram sem emoção (aquele diálogo do 2099 no começo do jogo mostra o que digo). Os efeitos sonoros são simplesmente horríveis também, parece que a Other Ocean usou a verba da Activision pra organizar orgiais e só sobrou dinheiro para uma caixa de bis… Começada.

Resumindo tudo, se você é fã do Aranha, não perca seu tempo jogando isto aqui, procure a versão de PC ou de consoles maiores, talvez dê uma testada para confirmar o que digo. Se você não for fã do Homem Aranha, fuja desse jogo como o diabo foge da cruz, evite o quanto puder.

Nota: 4,5/10

Galeria de Imagens:

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Ninja Gaiden Dragon Sword


Ninjas, uma das profissões mais legais do mundo. Não importa o que digam, mas se esconder nas sombras da noite, conseguir matar uma pessoa de dezessete formas diferentes usando apenas uma escova de dentes como arma, e escalar paredes sorrateiramente para observar garotas lindas se banhando sem ser notado, é o sonho de qualquer moleque de quinze anos… Ou blogueiro de games de vinte e poucos, mas sim, Ninjas são legais, pergunte pro Ninja Gaiden ou pro Shinobi.

Falando em Ninjas, Ninja Gaiden é uma série criada pela Tecmo (atual Tecmo Koei) nos anos 80 nos arcades, com um jogo brutalmente difícil, mas ela se popularizou no NES, com uma trilogia de arrasar, ganhou um jogo muito bacana no Master System (programado pela SEGA), um outro bem legal no Game Boy tijolão. Teria um para o Mega Drive, que seria uma adaptação do jogo de Arcade, e o SNES ganhou uma compilação dos jogos de NES em um cartucho. O herói ficou de molho por uns 2, 3 anos, até que Tomonobu Itagaki ressucitou Ryu Hayabusa no primeiro Dead or Alive, sim, aquele jogo que você jogou no PS1 só pelos magumbos, porque a jogabilidade só ficou interessante a partir do segundo jogo, no Dreamcast.

E seguindo aqui, após a SEGA retornar a série Shinobi com dois bons jogos no PS2, Tomonobu Itagaki resolveu (com seu contrato de exclusividade com a Microsoft) ressucitar a Franquia Ninja Gaiden, já que os jogadores mais novos já sabiam quem era Ryu Hayabusa. E tivemos Ninja Gaiden no Xbox original, um jogo brutalmente difícil e brutalmente legal, que levou os jogadores radicó (que até então no Xbox estavam acostumados apenas a jogar Halo) a subir pelas paredes e pedirem mais. Um tempo depois, tivemos Ninja Gaiden Black, do qual não posso falar muito, mas dizem que a câmera dele é melhor. E em 2008 tivemos o Ninja Gaiden II, com mais desmembramentos, mais ação e uma câmera ruim pra burro. E a pedido do filho de Itagaki, o próprio desenvolveu Ninja Gaiden Dragon Sword, para o Nintendo DS e é dele que vamos falar hoje. Aliás, repararam que eu levei três parágrafos só pra introduzir o jogo de hoje? É que estou reinstalando o Warhammer 40k Space Marine no PC, hehehe.
Ninja Gaiden Dragon Sword
Produtora: Tecmo
Desenvolvimento: Team Ninja
Plataforma: Nintendo DS
Gênero: Ação

A Trama de Ninja Gaiden Dragon Sword é bem simplista, por assim dizer. Durante/após um treinamento, Momiji, sacerdotisa do Clã Hayabusa e Ninja em treinamento (ela é discípula de Ryu) é sequestrada pelo Clã Black Spider, que forjou uma aliança com Ishtaros, uma demônio meio gostosa. E Ryu parte em seu resgate, descobrindo uma trama que pode colocar o mundo numa era do Caos novamente.

Há de se colocar aqui, que durante o jogo e seus diálogos, são mostradas algumas coisas de um passado recente (Os eventos de Ninja Gaiden, do Xvox), que permeiam a história principal e completam a trama mostrando as motivações de Ryu para tal propósito.

A jogabilidade é totalmente baseada na Stylus, tal qual muitos jogos, mas ela é usada de maneira simplista e funciona 100% (ou 95% dependendo da sua paciência) perfeitamente. Segurando o DS de lado (e aberto como um livro), a Stylus é usada para mover o Ryu (pressionando o ponto da tela aonde você quer que ele vá e segurando lá), um risco para cima na tela faz Ryu pular (com isso é possível executar um pulo duplo ou triplo) e riscando o oponente (ou um ponto qualquer na tela), Ryu atacará.

Clicando em um ponto rapidamente (um toquezinho), Ryu usará suas infinitas shurikens (ou o arco e flecha, adquirido mais adiante) para alvejar o oponente (e necessário contra inimigos voadores ou resolver alguns puzzles). As magias, algo recorrente na série estão aqui, e Ryu conta com um bom arsenal a sua disposição, algumas podem ser compradas, outras (como a Das Trevas e a de Gelo) são adquiridas com o desenrolar da história. Para utilizar a magia, deve-se clicar no ícone da magia e pintar o Kanji assim que ele surgir.
Utilizando se de qualquer botão do DS (preferencialmente usará o direcional), Ryu defende, e combinando com o movimento, Ryu esquivará, o que se provará de grande valia em determinados pontos do jogo (principalmente as batalhas contra chefes). A dificuldade do jogo é de mediana para difícil, mas tenha em mente que para o padrão de Ninja Gaiden, a dificuldade é essa que citei, mas para os não habituados a série, pode se tornar dificílima a progressão, embora o modo história seja concluído em cinco ou seis horas. Mas, como estamos falando de um portátil, os save points estão bem distribuídos, para caso queira continuar de certo ponto depois, não perder muito da jogatina.
Graficamente é um dos jogos mais impressionantes do DS, tanto a arte selecionada para as cutscenes (que seguem o padrão estático dos jogos de NES) que é no estilo anime, mas sem ser pululante e irritante como em outros jogos. Os cenários são simplesmente lindos, utilizando um 3D pré renderizado, tal qual na trilogia clássica de Resident Evil, mas com muito mais qualidade e os personagens, tanto os habitantes do vilarejo, quanto Ryu ou seus inimigos estão bem animados (por assim dizer, já que são poligonais), os chefes são um caso a parte, pois são enormes e impressionantes, e isso que estamos falando de um portátil. Digo, por mais que o PSP seja superior graficamente ao DS, duvido que este jogo tivesse o mesmo impacto se fosse portado para o portátil da Sony.
As músicas do jogo são composições excelentes, que apesar de não serem o tipo de música que você guardaria em seu player, elas combinam perfeitamente com o jogo e ação propostas, tendo aquele clima de Ninja… Não o de Laranja, que possui músicas alegrinhas demais, mas aqueles que você não quer cruzar o caminho, a não ser que sejam seus amigos. E uma trivia para quem jogou os jogos do NES: O Jingle de entrada dos capítulos (quando aparece o título do capítulo e uma breve descrição dele) é uma versão atualizada do Jingle de entrada dos Acts do Ninja Gaiden de NES. Legal, né? As vozes são poucas, geralmente uhn’s e ah’s (de Ryu) e bluargh’s dos inimigos, além de uma ou outra fala esparsa dita por Ryu (como na hora da magia) e alguns personagens possuem pequenas falas nos diálogos. E todas são em japonês, o que prova que 1) A Tecmo foi preguiçosa demais para chamar dubladores americanos para o jogo 2) Os fãs de Ninja Gaiden agradecem por isso.

Finalizando, Ninja Gaiden Dragon Sword é um daqueles jogos que você DEVE jogar se tiver um DS, afinal, Tenchu e Naruto são experiências lamentáveis no Nintendo DS, eu falo porque eu sei, viu? Mas isso é história para outro dia. Com pequenas falhas, e uma dificuldade dosada para desafiar o jogador, esbarra apenas em sua duração curta e nessas falhas ditas. Obrigatório para donos de DS.
Nota: 9,5/10
Trívia numero 2: Momiji, a parceira aprendiz de Ryu no jogo, é personagem jogável em Ninja Gaiden Sigma 2 (PS3), versão de PS3 de Ninja Gaiden 2, que conta também com Ayame (Dead or Alive) e Rachel (Personagem de Ninja Gaiden) como personagens jogáveis.

X-Men Destiny


Quando a Activision anunciou X-Men Destiny, um misto de ansiedade positiva e negativa perdurou os jogadores, graças dois motivos. Primeiro, ele não seria algo feito nas coxas para arrecadar uma grana com o bacana X-Men First Class, logo não teria pressões de prazos pra entregar. E Segundo: Estamos falando da Activision, uma das mestres em fazer coisas mal feitas (Oi X-Men 3? Falo contigo) para portáteis. Pois bem, o jogo foi lançado para consoles e para o DS, que aliás, ganhou uma versão exclusiva.

X-Men Destiny

Produtora: Activision

Desenvolvimento: Other Ocean

Plataforma: Nintendo DS

Gênero: RPG de ação

O enredo da versão de DS é ligeiramente diferente do enredo das versões de mesa. Enquanto que nos consoles, você escolhe entre 3 mutantes novatos para cair na porrada, no DS você controla Samuel Kamerhe, assistente de Luis Reyes, humano que adotou o sonho de Charles Xavier de criar a paz entre humanos e mutantes, e ele se aliou aos X-Men para tal. No meio de um discurso do Ciclope, pouco tempo após a morte do Herbert Vianna, digo, Professor Xavier, ocorre um ataque, e nisso, a trama se desenrola, com Samuel ajudando os X-Men ou a Irmandade, e descobrindo inclusive que a Morte de Charles é parte de algo maior, e que muito mais gente está em perigo.

Vamos primeiramente falar dos pontos positivos do jogo, o sistema de evolução do jogo é bom, você começa escolhendo o tipo de poder que terá, e isso influencia como o jogo segue e que tipo de missões você terá durante a partida. Em momentos chave, é dado a opção de escolher a missão que irá fazer, influenciando o desenvolvimento dos poderes. O sistema de roupas alternativas também é bom, pois dá bonificações em atributos.

Como o jogo é um RPG de ação, ele dá pontos de experiência a cada inimigo derrotado, e com isso, ganha-se níveis. Isso aprendemos desde Final Fantasy, pois bem, quando ganhamos níveis, ganhamos pontos de atributos (também ganhos ao cumprir sub-quests) que podemos usar para melhorar diversos atributos relacionados a golpes especiais que adquirimos ao longo da jogatina. E além das sub-quests darem esses pontos, podem garantir também “pedaços” de roupas, que completando quatro pedaços de cada roupa, permite uma roupa alternativa que como disse no parágrafo anterior, dá bonificação em atributos.

Agora os pontos negativos da jogabilidade… Vamos convir que o sistema de colisão do jogo é um Cocô completo. Sério, a coisa é abominável. Durante os combates, você pode socar o inimigo que ele revida enquanto é socado. E não é raro encontrar bugs gráficos não, eu mesmo já fiquei preso e tive que desligar o jogo e retomar meu save. As missões são repetitivas e sempre é “vá do ponto A ao B e soque x inimigos”. E, sinceramente, os estágios são MUITO repetitivos. E em certas partes, você vai simplesmente dormir de tão chato que aquilo se torna.

As cenas do jogo são contadas como se fossem uma história em quadrinhos, o que é um ponto positivo, mas contrasta com os gráficos mais ou menos e como eu disse, a repetitividade impera aqui e os cenários, apesar de serem feitos na medida, percebe-se que poderia ter sido feito um trabalho mais amplo nesse setor, além dos personagens secundários. O personagem mais bacana no jogo é o Sentinela, e olha que ele é só um gigante que será ocasionalmente derrubado.

Sonoramente, é fraco. Músicas genéricas que não combinam com a ação, e só ajudam a criar um clima insosso para a partida e os efeitos sonoros são de doer os ouvidos, tamanha a batida de trem. Colocar o DS no mudo e um disco com os sons de uma briga de gatos ou uma orquestra de serrotes ao fundo seria algo mais saudável aos seus ouvidos.

Finalizando, o jogo tinha potêncial e o roteiro é superior ao de muitas HQ’s profissionais, mas o trabalho nas coxas e as muitas falhas impedem o jogo de ser apreciado em sua totalidade. Caso você queira testar, passe o menor tempo possível com este jogo e o troque por sei lá… Três mariolas e uma empadinha, que você sairá no lucro.

Nota final: 5,5/10