Just Cause (Multiplataforma)


O gênero Sandbox foi popularizado por GTA, mas… E quando a fórmula “seja um criminoso” fica cansativa? O que fazer? Existem outros diversos jogos que usam o sandbox de diversas maneiras, em Mercenaries (Lucas Arts/Pandemonium), a guerra na Coréia do Norte; Simpsons Hit & Run (Radical Entretaniment) conta uma engraçada história e Hulk: Ultimate Destruction (Radical Entretainment) é um dos melhores jogos de Super Heróis. A Eidos procurou se inspirar em uma história real (A operação Just Cause, ocorrida no Panamá em 1989) para criar um jogo que prometia uma imensa área para explorar. Assim surgiu Just Cause, em 2006, desenvolvido pelo Avalanche Studios. Será que Rico Gonzalez conseguiu seus objetivos de ao menos ser lembrado em uma imensidão de games do ps2?

 

Just Cause
Produtora: Eidos
Plataforma: Playstation 2*
Gênero: Ação
Jogadores: 1

*Também disponível para Xbox, Xbox 360 e PC.

O jogo conta uma versão levemente modificada da operação Just Cause, como dito no parágrafo de introdução ao review, foi uma intervenção que o governo Norte-Americano fez para derrubar a ditadura panamenha em 1989. Inclusive no ambito gamer, Sam Fisher (protagonista da série Splinter Cell, da Ubisoft) participou da operação na timeline da franquia. Enfim, no caso, Just Cause se passa num país caribenho da América Central, e o governo Norte Americano envia o Agente Rico Rodriguez, para ajudar uma pequena equipe que já está baseada no país a dar um empurrãozinho a Guerrilha local que quer derrubar o tirano. Embora muitos de nós digamos: “Oh, os EUA só querem interferir no país e mandar lá”. Pode até ser, mas… QUEM LIGA PRA ISSO? Aqui é só um jogo de Videogame!

Just Cause tem uma jogabilidade variada até para um Sandbox. Pois há muito o que se fazer e muito a percorrer. Você pode ir libertando as cidades sob domínio do governo, cumprir missões de outros cartéis de drogas na ilha, missões paralelas para os guerrilheiros a fim de aumentar seu arsenal de armas, ou simplesmente aloprar geral na ilha e bancar o criminoso, se bem que você está cansado de fazer esse último em Grand Theft Auto; ah! E pode também seguir a história do jogo em suas missões.



A variedade de manobras que se dá pra fazer é imensa, você pode, utilizando uma pistola especial, “atirar” num carro e pegar carona com seu paraquedas. De dentro de um carro, saltar para o capo dianteiro e roubar outro carro com alguns toques de botão. É super simples e intuitivo. Com a moto, acelerando muito, ao toque de um botão você pode acionar seu paraquedas para uma saída por cima. Apesar das missões serem geralmente “vá até ponto X”, a ação sempre privilegiará o visual e a diversão, não se tornando enfadonho por exemplo, seguir um coronel até um clube aonde ele vai para “se divertir” e matá-lo ou ter de matar um traficante e se fazer passar por ele ao se encontrar com o pessoal de um cartel. Também há uma missão para se libertar um guerrilheiro, assim ganhando a simpatia da guerrilha e em uma missão futura, ajudar a irmã dele (ganhando uma “recompensa” no fim).


O Arsenal disponível no início é pequeno, porém, conforme se vai fazendo missões, outros itens como bombas de tempo, detonadores, metralhadoras e armas de mira. A mira do jogo é semi-automática (com a mira próxima do inimigo, um indicador automático surgirá) o que auxilia os novatos, granadas também estão disponíveis e há um botão que faz uma mira automática na granada, perfeito pra explodí-la em pleno ar próximo a inimigos.


Visualmente a produtora optou por visuais mais simples, pois o mundo a ser explorado é imenso (maior que o de muitos GTA), e embora parte disso seja mato, há uma imensa área a ser explorada, então se a Eidos optasse por usar texturas do nível de God of War, certamente os loadings seriam maiores e teríamos aquele problema de GTA, em que o cenário vai surgindo conforme se avança e não é incomum (principalmente em cópias piratas) entrarmos no nada, até que o chão surja. Ainda assim, o visual do jogo está agradável, os personagens estão bem feitos, principalmente nas cutscenes em CG, que não estão espantosas como em God Of War ou Final Fantasy XII, mas tem um charme único. Texturas em baixa são perceptíveis nas matas, principalmente se você for um canalha igual a mim e achar que o menor percurso entre dois pontos é uma reta (e “cortar caminho” por entre as árvores). De resto, os cenários são muito bons. Aliás, muito bons mesmo, os cenários caribenhos do jogo dão uma vontade de fazer as malas e ir para o Caribe.

Sonoramente é competente, as músicas tem nuances conforme a situação. Não são memoráveis, e nem fazem questão de ser, mas é perceptível o cuidado com as leves alterações da situação, como de um tema calmo, quando você está no meio de uma missão, a um tema mais empolgado, no último checkpoint antes da conclusão da missão, dando a entender que se você errar, acabará como queijo suiço… Hum… Queijo suiço… Foomeeee! A-ham! E a dublagem, se não é excelente, é ao menos passável, Rico soa como um canastrão, e os atores dos demais personagens envolvidos em cutscenes fizeram bem seus papéis, embora alguns exagerem nos sotaques. Os cidadãos comuns também estão bem feitos, provavelmente dublados por latinos, pois tem um bom sotaque. E é bem legal em uma cena ouvir um “hijo de puta” desferido contra um morto.

Finalizando: O jogo pode ter alguns bugs e defeitos, mas o resultado do trabalho do Avalanche Studios foi excelente, o jogo foi bem recebido e vendeu o suficiente para garantir uma empolgante continuação, no ano passado, Just Cause 2. Horas de diversão, troca de tiros e missões o aguardam em Just Cause, que leva Score A e nosso selo Bart Simpson de Qualidade.

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2 Comentários

  1. muito legal, trabalho numa lan house e achei esse jogo ‘jogado’ por aki e ja me impressionei com a primeira parte

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  1. As “Férias” do Kyo « Blog do Kyo

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