Kingdoms of Amalur: Reckoning


Num mar de franquias consagradas, com Elder Scrolls, Dragon Age, Final Fantasy, Dragon Quest entre outros títulos, é difícil alguma produtora tentar emplacar alguma franquia original nos dias de hoje. Mas, a EA, apesar dos frequentes tropeços advindos de decisões mais político-financeiras do que relacionadas aos jogos em si, juntamente com dois estúdios, resolveu se arriscar no ramo dos RPG’s de ação. Alardeado por ter um escritor famoso na concepção do mundo medieval aonde se passa, Kingdoms of Amalur estava sendo desenvolvido como um MMORPG, mas em algum momento do desenvolvimento, a produtora resolveu colocá-lo como um RPG de Ação. Será que foi uma decisão acertada? Ou o jogo amargará a derrota e ficará esquecido num cantinho como outra franquia promissora da EA, Mirror’s Edge? É o que leremos na análise de Kingdoms of Amalur: Reckoning.
Kingdoms of Amalur: Reckoning

Produtora: EA

Plataformas: PS3/PC/X360

Gênero: RPG de Ação
Você acabou de ser ressucitado num experimento, e deve embarcar numa jornada para descobrir o que causou sua morte, e descobrir algo muito maior nesse vasto mundo. Não, o jogo não tem uma premissa muito robusta, mas boa o suficiente para empurrar a jogatina.
O mundo de Kingdoms of Amalur é imenso, e exceto no prólogo do jogo, você vai ficar no mínimo perdido e sem saber para onde ir. Há uma infinidade de sub-quests a se cumprir além da história principal, e caso você não crie um foco para si mesmo, vai girar feito uma barata tonta. Nesse mundo, você constrói seu personagem e define seus atributos, que podem ser evoluídos conforme se ganha níveis ao longo da partida. É recomendado que sempre faça um certo grinding e varie nas habilidades e magias que adquirir, porque alguns inimigos são suscetíveis a determinados tipos de ataque e a outros não e isso pode prejudicar certas missões.
O jogo tem um combate veloz, muito veloz, não a velocidade dos comandos, mas o ritmo dele, baseando-se em ataque, esquiva, magia e contra golpe na esquiva. Apesar disso, há uma pequena profundidade na já citada vulnerabilidade de determinados inimigos. Some a isso armas primárias e secundárias e temos um jogo que pode render horas e horas. O sistema de evolução é dividido e você tem inúmeras opções que são escolhidas com base no seu estilo de jogo.
Um dos maiores (se não for o calcanhar de aquiles do jogo) é a falta de carisma e de certa forma profundidade no jogo. As opções de diálogo são meramente estéticas e seu personagem não tem sequer uma voz ativa no jogo e isso faz diferença, principalmente quando pegamos a massiva quantidade de falas e decisões importantes que tomamos em Dragon Age II ou o mundo imenso e jornada épica que tivemos (menos eu, que não curti) em Skyrim.
Graficamente, é um jogo muito bonito. Os vastos ambientes do jogo são bem construídos e passam a sensação de grandeza pretendida pela produtora, e são bastante coloridos. Os personagens seguem um estilo mais cartunizado, não caricato, tampouco puxado pra estética anime de Final Fantasy, mas meramente cartunizados, o que serviu pra dar uma lufada nos realistas Dragon Age II e Elder Scrolls V: Skyrim. E contou com pontos positivos por isso.
Sonoramente é… Digamos que mediano. As músicas não chamam lá muita atenção, e a dublagem é satisfatória… Exceto pelo fato de você ser o ÚNICO naquela porra de mundo que não fala. Sério, os dubladores desempenharam bem seus papéis, exceto pelo fato de que você vai pular MUITOS diálogos por conta da imbecilidade deles, nesse quesito, seu personagem mudo é uma bênção.
Finalizando, usando uma metáfora famosa no mundo dos jogos (Persona 3 me vem a mente), Kingdoms of Amalur: Reckoning é uma pedra bruta que deve ser lapidada em possíveis (e prováveis, já que o jogo foi um sucesso comercial e de crítica) continuações para se tornar um diamante brilhante. É recomendado para aqueles com paciência para evoluir e não querem algo muito desenvolvido no campo da história, e afinal, o jogo é praticamente um MMO Offline.

Nota: 8/10

Post anterior
Deixe um comentário

1 comentário

  1. parece um bom game…mas não tenho PS3

    Responder

Deixe um comentário